Muitas empresas têm apresentado resultados ridículos. Estão culpando o cenário de negócios, complicado e recessivo, porém quando analisamos mais friamente o setor ao qual pertence e opera, vemos o setor inteiro crescendo e seus concorrentes “nadando de braçadas”. Visitando uma destas empresas interessada numa atividade de treinamento e palestra, fui perguntado por um Gerente, em tom de desespero e desabafo;
Professor, como poderá nos ajudar?
Já não sei mais o que fazer, tenho uma equipe de pessoas fantásticas, estudaram nas melhores universidades, são amigos, muito parecidos, porém, não geram os resultados que a empresa necessita.
Va verdade me sentindo um verdadeiro super-herói “como poderá nos ajudar?”.
Este tipo de pergunta-desabafo, tem sido, nos últimos meses, bastante comum nas minhas visitas a empresas, principalmente quando estou tratando diretamente com algum Diretor, Gerente ou Supervisor, só nós dois, sem plateia.
Neste caso a autenticidade é quase 100%.
Pode parecer reducionismo, mas tenho visto em muitos casos, que a razão principal da performance das empresas estar abaixo da performance dos seus respectivos setores foi a maneira que os cortes de pessoal foram feitos nos últimos anos, é na verdade o efeito da maneira da qual os cortes foram feitos.
Explico melhor.
As empresas obrigadas a ajustarem os seus custos, nada mais comum e necessário muitas vezes, dispensaram recursos, claro, que em termos de currículo e perfil eram os mais “fracos”, desatualizados e ficaram com os “puros-sangue”, e como consequência passaram a ter equipes homogêneas, e que produzem sempre as mesmas e poucas alternativas, e com consenso muito fácil.
Afinal todos são e pensam igual.
Além de não estarem performando bem, e os desafios normais de curto prazo, como:
- Entender o novo governo e mudanças no cenário internacional;
- Ter um ambiente de alta velocidade;
- Nova economia.
- Tecnologias disruptivas;
- Baixo nível de fidelidade dos consumidores;
- Instantaneidades;
- Necessidade de diferentes soluções para os mesmos problemas.
Qual a solução mais urgente?
Pela criação e formação de Equipes Vira-Latas, formadas por pessoas de diferentes origens, sexo, idade, cor, experiências, formações, gênero e nacionalidades.
Com uma Equipe Vira-Lata, terá várias soluções e alternativas para os mesmos problemas.
O economista Eduardo Giannetti quando perguntado sobre o vira-lata:
maginação criadora capaz de encontrar soluções inesperadas, algo bem ilustrado na arte do drible no futebol e no improviso do batuque da roda de samba
A implementação de uma verdadeira Equipe Vira-Lata, ainda que muito mais fácil e simples, exige um design específico, e a pergunta a fazer é
O que falta na minha equipe
Desprovido de preconceitos, buscar estas pessoas dentro da própria empresa e no mercado.
A liderança pelo processo é fundamental, e deve ser exercida diretamente pelo líder que vem sofrendo diretamente na pele, no coração e no bolso a falta de resultados contundentes.
Ainda que o Nelson Rodrigues, tenha classificado a mistura do Brasileiro, como negativo, cunhou o “complexo de vira-lata”, hoje, neste novo mundo, uma Equipe Vira-Lata, com enorme capacidade de adaptação, geradora de várias soluções, o Vira-Lata, deve ser visto com um elogio.
Conclusão
Vá em frente, e verá que os resultados virão numa velocidade superior aos desafios.
É isto que tenho visto e vivido nas empresas, que tiveram a necessidade, a vontade e a coragem de fazê-lo.
Sucesso.