Entender os key points da construção civil no Brasil é entender a perspectiva da industria, primeiramente no mundo e sua distancia com a do Brasil.
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Perspectiva Construção Civil no Mundo
Segundo o Global Construction Perspectives, o crescimento mundial da industria da construção civil de 2010 para 2020 será de 70%, saindo de $ 7.2 trilhões para $ 12 trilhões.
Apenas China, Estados Unidos e Índia geram metade dos 4.8 trilhões de crescimento.
O mesmo estudo estima que de haverá um crescimento de 2020 para 2030 de 85%, representando um adicional de $ 8 trilhões.
Oito nações representarão 70% desse crescimento sendo eles: China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Reino unido, México, Canada e Nigéria. Por fim, o mercado da construção civil representará, em 2030, 14.7% do PIB mundial.
Perspectiva Construção Civil no Brasil
O mesmo GCP Global, em seu estudo, prevê que o México substituirá o Brasil como o maior mercado de construção civil na America Latina.
O relatório alerta para uma década perdida de estagnação, com mínimo crescimento para 2030.
Entre as causas apontadas estão:
- Leis trabalhistas desatualizadas;
- Complexidade do sistema tributário;
- Excesso de burocracia.
São indicadas outras causas como a baixa flexibilidade, impacto dos impostos, dificuldade de entrada no mercado, o escândalo da Petrobras e corte de capital federal.
A Confederação Nacional da Indústria em sua sondagem da indústria da construção civil de agosto de 2018 também expõe alguns outros pontos desfavoráveis dessa indústria, como:
- Baixa confiança e otimismo com o setor da construção civil;
- Baixa expectativa futura;
- Atividade e emprego em queda.
Key Points Negativos para o Brasil
- Leis Trabalhistas, Tributárias e Contábeis;
- Leis Ambientais;
- Burocracia e Politica
A grande complexidade e difusões de deveres nas leis é, sem dúvida, uma grande barreira aos investidores e empreendedores do setor da construção civil, uma simplificação profunda nas leis, regulações e, principalmente, nos conselhos, sindicatos, agencias e associações seria de grande valor para o setor.
Flexibilidade os acordos e as relações das empresas entre elas e entre o governo, bem como suas relações com os funcionários.
Outro ponto de destaque é a instabilidade e insegurança jurídica que são catastróficas para projetos, sobretudo os de longo prazo.
São comuns mudanças repentinas de entendimento de órgãos públicos, bem como, mudanças repentinas na legislação, sem antes prévia consulta ao setor da construção civil.
Entender a lei ou facilitar seu entendimento ainda não resolve a questão da ineficiência dentro do setor público, bem como da justiça. Licenças, alvarás, permissões e outros são lentos e custosos.
Modernizar, padronizar, auditar, revisar e, novamente, simplificar o processo, capacitando o gestor, a equipe, são possíveis caminhos para a questão.
Formação Profissional
Os programas de educação alavancaram a formação de profissionais para o setor, sem que houvesse o mesmo estimulo para geração de novas posições de trabalho.
A grade curricular prepara generalistas e falha em formar especialistas preparados para o mercado.
Um baixo estimulo ao estudo das novas metodologias e das inovações do mercado promovem uma baixa produtividade da força de trabalho e desconhecimento com os métodos aplicados, sobretudo pelas grandes empresas da construção civil.
Outro problema é a ausência de acordos internacionais na padronização profissional.
Por exemplo:
O International Engineering Alliance, através do Washington Accord tem como signatários ou em processo de para reconhecimento mútuo de qualificação profissional de engenharia na America Latina Peru, Costa Rica, México e Chile, mas não o Brasil.
Liberdade Econômica
Segundo The Heritage Foundation, em 2018 o Brasil ocupa a posição de nº 153 de 180 países analisados em liberdade econômica geral.
Dentre todos os países da America Latina apresentados neste artigo, o Brasil detêm, de longe, a pior posição no ranking, México tem a segunda pior posição em nº 63.
É necessário abrir o mercado, promover e respeitar a liberdade econômica e individual, reduzir o impacto dos impostos e flexibilizar a entrada de capital no setor.
Key Points Positivos para o Brasil
Existe um contraste da perspectiva de desenvolvimento econômico na industria da construção civil. Enquanto o México passará a liderar o setor da construção civil na América Latina e a Colômbia, segundo estudos, dobrar seu mercado até 2030, o Brasil segue estagnado.
É papel fundamental do profissional da construção civil, dentro desse quadro hostil que é empreender, buscar meios aos quais ele possa dar segurança e estabilidade ao mercado.
O aperfeiçoamento continuo das técnicas promovem meios de mitigar os key points negativos apresentados.
Apesar de estagnado, o mercado da construção civil é altamente recompensador aos que trabalham apropriadamente, conhecendo as regras do jogo.
É punitivo aos amadores e devastador aos larápios.
Considerações Finais
O fato de ser difícil de se empreender, somado a dificuldade de captação de recursos para o setor da construção civil geram dois grandes mercados paralelos:
- As consultorias especializadas;
- As corretoras de valores.
Com diversas organizações trabalhando positivamente nesse sentido, consultorias especializadas são o grande destaque, porta de entrada e mitigação desse complexo sistema brasileiro, apesar da massante carga tributaria.
Também cabem à consultorias enxergar oportunidades em setores que, ao contrario da tendencia de estagnação, tem elevado potencial de crescimento e de lucratividade.
Atrelado ao risco, a captação de recursos pelas corretoras são muito bem vindas e contribuem positivamente para grandes empreendimentos.
Saber lidar com os pontos negativos destacados anteriormente é garantir uma margem competitiva de lucro, segurança e crescimento para o setor da construção civil.
Outro ponto de destaque é trazer tecnologias do setor com baixa ou nenhuma concorrência, para produção em território nacional. Apesar da grande dificuldade e alto custo inicial, as vantagens competitivas no longo prazo são enormes.
